Saturday, August 12, 2006

Anjos


É rosa e de cetim minha camisola.
Eu a visto e ao passado me transporto.
Vejo minha irmã ao meu lado,
penteado antiquado, grandes laços...
Somos anjos, de asas brancas e enormes,
ela de azul claro e eu de rosa...
Anjos nos dois sentidos: na roupa e no espírito.
E esse espírito no presente me alcança.
Mas não sou mais este ser bonito, sem conflito.
Um demoninho dentro de mim já mora
E não é a lembrança do anjo que o faz ir embora...
Então não há certezas que resistam
Atos de bondade, que sejam permanentes.
Cresceram as meninas....
Tudo agora é relativo e ambivalente...

Para Helina

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