Há um quê de tristeza no meu canto,
na minha solitária dança.
Há um quê de espanto ante este imutável
cotidiano.
Parece que da última vez já se passaram anos.
De você, esperava tanto...
Troca, aceitação, confiança.
Como nos escravizamos,
ou nos deixamos escravizar.
E mais fundo mergulhamos
até a luz do sol não mais enxergar.
E assim a sagrada vida atravessamos,
sem sustos, desafios, e sem mudanças,
pois acima de tudo respeitamos:
os outros, nós mesmos, nossos limites.
Até nos enganamos, nos convencendo
de que há outra chance: outra vida,
novo par, uma outra dança...
Cecília Quadros
APRENDENDO COM LEONARDO DA VINCI
2 years ago
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