Friday, December 14, 2007

Escolha

Escolhi a felicidade.
Uma felicidade relativa, possível, sem fantasias.
Existe?
Sem me rachar por dentro para alcançar alturas,
para as quais não tenho asas;
ou se as tenho, falta coragem, empenho.
Então me contento com o pouco,
que não é tão pouco,
pois me acalma por um tempo.
Só que ao menor sinal de problema,
solta-se a imaginação novamente,
a fim de aquietar com fantasias
o coração sensível e exigente,
que à razão tantas vezes se submete,
não na essência.
Coração rebelde,
carro-chefe da minha vida,
que minhas ilusões carrega,
me leva para frente,
difere, distingue,
se insinua em olhares, sorrisos e gestos,
que só os iguais captam e compreendem...
Escolhi esse jeito de ser meio escondido,
vivendo talvez a metade do que poderia,
mas em paz... talvez apenas sobrevivendo...


Cecília

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