Thursday, February 01, 2007

IX

Um galopar de sombras e novelos
deixam fugir a luz e seus delírios.
Há um garimpar de estrelas nos cabelos
Da treva que se deita sobre os lírios...
No peito esses dormidos corações
Inda batem de amor, e o sangue corre
Por veias que alimentam solidões
E artérias naufragando em céu que morre.
Galopam sensações que só pervagam
Em bairros de saudade e finitudes,
As doidas sonatinas hoje vagam
Nos portos onde aportam os alaúdes.
Um vira-mundo vira o sol e a lua:
Que desejo de paz na noite nua!

Paulo Bomfim

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