Wednesday, December 15, 2010

Susto
De amar e não ser amada
De deixar a vida passar em branco
De nada realizar
De ser diferente
Ter um destino diferente
E não aceitá-lo,
Não compreendê-lo
Medo
De ser deixada às traças
De a ninguém agradar
De ficar só
Eternamente
De me sentir tão só
Que a minha dor pareça única, total, incurável,
Incomunicável
Medo,
Que me faz seguir caminhos que não quero
Que parece não me deixar escolha
A não ser fingir ser outra pessoa
Mais aberta, mais solta
Mais firme em suas escolhas,
Tudo entendendo:
O que passou, o que se passa agora;
Dona do futuro, da própria vida,
um ser livre, em paz, vivendo conscientemente...

Cecília

Para tantas pessoas, frágeis em sua humanidade...


15-06-09

1 comment:

Heloísa Sérvulo da Cunha said...

Cecília,
Palmas, muitas palmas.
Como sempre, linda a poesia.
bjs